domingo, 30 de janeiro de 2011

Véu de Maya...

E afinal, o que vem a ser o Véu a que tudo oculta??

O conceito é hindu e apesar de amplo, é associado diretamente à palavra ilusão. É o causador da ilusão por via indireta. Mesmo porque ilusórias não são as coisas em si. A ilusão está em não se poder perceber as coisas como são em razão das próprias incapacidades.

Condicionamento, limitação sensorial. Cada ser humano possui realmente e apenas cinco sentidos? Ou seriam 12 segundo Rudolf Steiner ou 21 como muitos dizem e tentam provar? Bom... o ser humano é um ser em constante metamorfose para se auto conhecer, então... a contagem seria crescente.

Não se sabe como as coisas são em si, pois não se pode perceber como são em si. O que se percebe são cores, formas, sons, cheiros, sensações e vibrações provenientes dos objetos e pessoas, captadas pelos sentidos que temos desenvolvidos. O cérebro "formata" essas imagens de acordo com os efeitos neurológicos delas. Por exemplo: quando se come uma torta de queijo deliciosa. Quando ouvir novamente "torta de queijo", logo virão à tona as sensações daquela torta, mesmo que a que está na sua frente seja totalmente diferente. Assim também funcionam as lembranças, os traumas e o carma.

Seres humanos são conscientes das imagens criadas e não dos objetos. Consideram reais as imagens e não os objetos a partir das vribrações emitidas por estes objetos. Assim a matéria e a energia do universo é um poder ezteriorizado. Não de nossa consciência, mas de uma consciência suprema. Estamos interligados por elos invisíveis a tudo que existe, inclusive à matéria.

Como a matéria é uma projeção exterior da consciência é comum pensar que os seres estão separados entre si e assim da natureza e de outros objetos.

Para vencer o véu a que tudo oculta é preciso estar aberto ás impressões de todas as tortas de queijo que aparecerem. ´|E preciso elevar-se da con~dição de mero mortal, religando-se, conhecendo-se! Sendo acima e além de tudo: LUZ!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Saber negar...

Certas vezes seja no âmbito profissional ou pessoal alguém se sente frustrado, vitimado ou até mesmo aprisionado. Achando que o mundo deveria mudar pois afinal existem pessoas boas e o mundo é cheio de maldades.

Faz-se aquilo que é solicitado, mas de forma contrariada, deixando-se levar pela raiva, toma-se a atitude de reclamar como se as palavras fossem chegar perfeitamente à pessoa que se quer atingir e esta mudasse e conhecesse o limite, o bom senso. Esse tipo de atitude coloca a pessoa como vítima, como se ninguém a respeitasse, como se a culpa de tudo não fosse dela mesma, que o mundo deveria mudar e se adequar.

Ela até é vista com bons olhares, como alguém bom que é explorado e vítima das maldades do mundo.
È óbvio que o comportamente de outrem não vai mudar por causa disso. E que esse tipo de atitude funciona, mas apenas no início. A tendência é que as pessoas percebam o padrão de comportamente e se afastem deixando a vítima cada vez mais isolada. Assim precisará de mais círculos para realizar o mesmo processo, círculo vicioso, num aprisionamento tendencioso. E essa forma de agir pode ser inconsciente.

Daí vem o medo, o isolamento. A pessoa evita relacionar-se para não desencadear esse tipo de comportamento. Quando se vive sem limites, os resultados são a tristeza, a ansiedade e a depressão. É uma defesa pela insegurança que se carrega sendo que se pode negar de forma branda, sem desconforto. Quem impõe limites se liberta do medo e ansiedade, acumula menos trabalho, se relaciona melhor e é respeitado.

Prepare-se para negar e impor limites até para si mesmo de forma simples e firme. É insanidade depender do comportament do outro para ter paz. Quando menos der limites mais será desvalorizado pois o mundo lhe trata como voce mesmo se trata.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Compaixão...

Deixe que seu corpo sinta cada movimento...
Deixe que ele se nutra, se complete, encha e transborde... amor...

A compaixão é a mais elevada forma de amor... e nós, os seres humanos precisamos aprender a manifestá-la. Não é algo tão fácil de compreender e vivenciar, mas uma vez desperta, a compaixão é tão intensa que é necessáro compartilhá-la sem restrições.

O primeiro passo para compartilhar o amor é tê-lo por nós mesmos, reconhecermos nosso próprio valor.

Estou feliz!
Estou feliz por lhe dar o meu amor...
Por poder ter lhe dado meu amor
E por conseguinte ter o seu amor em troca...
Estou mais feliz ainda por ter me permitido...
Por estar aberta, receptiva e ser acolhida...

E ao fim de tudo... quanto mais amor eu dôo
Mais amor eu tenho!

Pois afinal amo-te pois me amo em ti!
Faço parte de ti e te aceito!
Te aceito da forma que és!
Parte de um todo, parte de mim...

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Sofrimento...

Deparei-me hoje com uma frase...

"O sofrimento é gerado na colisão do desejo com a muralha da realidade."

Neste momento desconheço o autor. Porém concordo, em termos.
O sofrer é devido à nossa ilusão. Quando queremos algo e criamos expectativas. Desejamos as expectativas, desejamos algo fora da realidade e quando isso não ocorre, sofremos e a dor muitas vezes parece insuportável.

Isso ocorre pois ligamos diretamente nossas ilusões ao real. Temos apego, pra não dizer amor pelas nossas ilusões e isto impede nossa percepção dos fatos.
Por diversas vezes que pedimos um conselho, imaginamos como é bom estar fora do que ocorre e poder pensar sobre isso, com liberdade, chegando a melhor solução. Pois então... para libertar-se do sofrimento é preciso desapegar-se dele.

Sonhar é possível, natural e necessário. Os sonhos dão vida à alma! Mas sonhar não quer dizer apegar-se ao sonho como se somente nesse molde as circunstâncias nos fizesse feliz! Não se pode esperar que o mundo se modifique para corresponder ao que desejamos. Somos quem somos e o mundo é o que é!

Libertar-se de uma vida de ilusão é uma conquista das mais valiosas, mas nos assusta visto que a ilusão é bem confortável. Iludir-se é uma tendência mental que nos limita a agir racionalmente, escondendo-nos, por medo de encarar a realidade como ela é!

E quando conseguimos libertar-nos da ilusão, agindo com coragem, com força, agindo com nosso coração; percebemos que a realidade não é tão dura, não é massacrante, não é dolorosa. É menos dolorosa que as decepções que sofremos devidas às nossas ilusões.
A verdade é sábia, é divina e é feita de luz! Quando aprendemos a encontrá-la dentro de nós, passaremos a amá-la, mesmo que a princípio vencer nossas próprias tendências nos cause alguma dor.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Paixão...

"Passion chokes the flower 'til she cries no more
possessing all the beauty hungry still for more"

Paixão asfixia a flor até ela não chorar mais
Possuíndo toda sua beleza, faminta ainda por mais

Para quem não conhece a música é Silence da Sarah Mclachlan oom participação do Grupo Enigma. Se tiver a oportunidade de ouvir é maravilhosa...

E a paixão é assim mesmo! Seria uma patologia? E de onde ela vem?

Ao contrário do que muitos pensam ela não proveniente de nosso coração ou de nossa alma. Do Latim "patior" que significa sofrer ou suportar uma difícil situação.
Quem sente paixão perde sua individualidade em função do fascínio que a pessoa objeto da paixão exerce. É algo doloroso, pois se perde a individualidade e seu poder de raciocínio.

A paixão é um movimento intenso, na qual reina a emoção e a razão pouco ou nada interfere. Pode ser positiva criando crescimento e transformação ou negativa tornando a pessoa alienada e dependente emocionalmente.

È comum se apaixonar por alguém que pouco se conhece, simplesmente porque a paixão vem da esfera da ilusão, tão necessária para a nossa vida. Ao passo que as duas pessoas se conhecem melhor (particularidades, desejos), a paixão pode-se transformar em amor, ternura, amizade ou posse, inveja, ressentimento.

Em uma relação muitas vezes se busca no outro o que nos falta e o outro passa a desempenhar esse papel. Por exemplo se alguém não sabe se defender, colocará o outro na posição de defensor, sendo que poderia utilizá-lo como exemplo, para aprender autoproteção, segurança, responsabilidade.

Uma relação sadia dependerá da saúde emocional de cada um dos envolvidos. A saúde emocional deve ser tão cuidada como a saúde física pois interfere diretamente em todas as relações que temos, sejam pessoais ou profissionais. Nos relacionamos em busca de viver de forma prazerosa e feliz.

Paixão é vida, risco, ousadia, é ter o coração aberto. É sentir e não pensar. Aprendemos com nossas experiências a avaliar o custo x benefício dos atos e também que não se pode deixar conduzir pela ausência ou pelo medo.

O ser humano necessita amar e ser amado. Disso depende seu desenvolvimento. E o amor existe sob várias formas, é algo que se conquista e implica em carinho, ternura, gratidão, admiração, desejo e principalmente aceitação, em conhecer o outro.