sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016
Serpente
No breu da noite
Dissipam-se os véus dos mundos
Faço arder a brasa em meu cachimbo
Preencho o cômodo de aura, cresço
E me transporto junto a ti
Caminhamos, como irmãs na senda
Avistamos uma clareira sob a Lua
Tateamos gravetos, folhas e resina
Damos forma ao berço da Terra
Faiscando pedras, damos vida ao fogo
Outros irmãos celebram conosco
Nus, alvos, no círculo de pedras
Cabelos soltos, negros
Caminhamos para o fogo, cantamos
Assaigo ethema ikau
Athiyê assemble ikau
Assemble assari
Nossos corpos em cor de brasa
Se transformam em um feixe
Um corpo esguio e frio se forma
Em Luz a Serpente surge.
Com o calor do fogo na terra
Se forma a vida mais nobre.
02/11/2015
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário